Respiração

Falta de Ar

Falta de Ar

O termo técnico para descrever falta de ar é denominado dispneia. As definições usadas com mais frequência para descrever a dispneia são: dificuldade de respirar, respiração desconfortável e respiração desagradável, sendo todos estes conceitos de natureza subjetiva. A dispneia é um dos sintomas mais comuns e incapacitantes para pacientes com doenças crônicas do pulmão, do coração, da parede torácica, neuromusculares, renais, endócrinas, reumatologias, hematológicas, metabólicas ou psicogênicas. Deve-se esclarecer, portanto, que a sensação descrita pelo paciente corresponde realmente à dificuldade respiratória e não à fadiga ou debilidade geral, que podem ou não estar relacionadas à idade. 

Os pulmões contêm uma variedade de receptores que transmitem informações para o sistema nervoso central, respondem à insuflação dos pulmões e participam do término da inspiração. Existem receptores sensíveis no epitélio das vias aéreas que respondem a uma variedade de estímulos mecânicos e químicos, mediante a broncoconstrição, além das fibras C localizadas na pare de alveolar e veias sanguíneas que respondem à congestão intersticial. As informações fornecidas pelos receptores citados são transmitidas ao sistema nervoso central (SNC) por meio de um nervo chamado vago. 

O sintoma de dispneia difere das outras sensações porque não há regiões especializadas no SNC específicas para identificá-la. Embora a audição, a visão, o olfato e porções somatossensoriais do córtex cerebral tenham sido mapeadas, a região do córtex cerebral que processa as informações relacionadas à dispneia permanece desconhecida. Dessa forma, ela é associada a condições em que o estímulo respiratório é aumentado, ou o sistema respiratório submetido a uma sobrecarga mecânica (de trabalho). Na maioria das doenças a dispneia tem mecanismo múltiplo como resultado da estimulação de receptores de vias aéreas, parênquima e parede torácica, fraqueza ou desvantagem dos músculos respiratórios, maior impedância respiratória por aumento da resistência das vias aéreas ou redução da complacência pulmonar e maior necessidade ventilatória. 

A dispneia pode ser aguda (isquemia miocárdica isquêmica, insuficiência cardíaca congestiva, asma, embolia pulmonar pneumotórax, pneumonia, entre outros) ou crônica (doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência cardíaca, asma, doença pulmonar intersticial, doença neuromuscular, hipertensão pulmonar entre outras). Dispneia noturna pode ocorrer na asma, insuficiência cardíaca e na síndrome da apneia do sono.

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