Bronquiectasia é a dilatação e distorção dos brônquios, em decorrência da destruição dos componentes elástico e muscular de sua parede. Não há números precisos a respeito da prevalência de bronquiectasia por ser uma entidade frequentemente subdiagnosticada. Porém, sabe-se que a prevalência varia significativamente entre os países, sendo maior naqueles em que doenças infecciosas pulmonares, como a tuberculose, por exemplo, são mais comuns.
O típico paciente portador de bronquiectasia é aquele indivíduo que apresenta, persistentemente, tosse produtiva, com expectoração mucopurulenta, em grande quantidade, principalmente pela manhã. A evolução da doença é crônica, meses a anos, e é intercalada por períodos de acentuação dos sintomas, com necessidade de uso frequente de antibióticos. Assim, todo paciente com quadro crônico de tosse, principalmente produtiva, deve ter a bronquiectasia entre os diagnósticos diferenciais. Com o avançar da doença, há maior extensão do acometimento pulmonar, de tal forma que a falta de ar, acompanhada ou não de chiado no peito, passa ser uma queixa frequente. Episódios de escaro com sangue de gravidade variável podem eventualmente acontecer.